quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Jornal de bairro, uma escola

A primeira impressão de um estudante de jornalismo ao ingressar na universidade é se ver na bancada do Jornal Nacional ou dentro da tumultuada redação de Zero Hora, você estudante, acha que é nesse lugar que irá aprender?
Engana-se quem pensa que jornal pequeno é sem futuro, o futuro de um jornalista de 12 páginas é o jornal de 40 páginas que ele vai assinar suas matérias amanhã.
Não é fácil ser repórter (faz tudo) em um jornal de bairro amigos, você digita matérias pagas (e não pode corrigi-las), você faz a diagramação e quanto mais calhau melhor, você até cuida das assinaturas do jornal, e mais, você mesmo faz o café da redação, que na maioria das vezes é composta por umas 5 pessoas, no máximo.
Cada pessoa senta uma do lado da outra, podem se falar cara a cara, um ajuda na matéria do outro, da pitaco, corta o título, tira o último parágrafo e corta a foto do colega, mas tudo é na parceria, no coleguismo, afinal todos se conhecem, diferente de um jornal onde nem se sabe quem está sentado na cadeira do lado, onde pra conversar só é possível pela intranet.
O jornal de bairro não vai lhe proporcionar muita correria, se for semanal você terá um dia inteiro de muitas coisas para fazer e tudo muito rápido, por que ainda existe o encarte do jornal e acredite você também fará isso. A maioria dos jornalistas que se preze gosta de dias corridos, e este tipo de veículo vai te ensinar a lidar com isso, para mais tarde quando entrar em uma redação diária conseguir viver isso na pela todo o santo dia, afinal jornalista gosta dessas coisas de “ultima hora”. O jornalzinho que você trabalha, como fala a sua vizinha, vai te ensinar isso, pode acreditar.
Mas se você quer fama, quer ser reconhecido, largue hoje o seu currículo no jornal da sua cidade, por que nada é mais gratificante do que fazer uma matéria sobre uma rua cheinha de buracos e no dia seguinte a moradora ligar te agradecendo e te tratando como um rei e quando rola um agradinho é melhor ainda. Em todos os eventos da comunidade todos saberão de onde você é e o que você faz, se estiver com uma máquina fotográfica pendurada no pescoço melhor ainda. A fama é grande em um jornal de bairro, precisa ter colhão pra agüentar.
Todo o jornalista deve passar por esta experiência, pois estes jornais feitos com humildade, que tratam a sua cidade ou o seu bairro com zelo, carinho e amor é que vaão construir um bom jornalista futuramente, é este jornal que vai apurar o olhar para coisas que seriam banais ou que para os grandes jornais não tem importância. No fim, este jornal se torna uma verdadeira escola.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

The Beatles é amor

Olha, você realmente me pegou, parece que eu estou sempre pensando em você.
Creio que foi o seu beijo que despertou meu coração. Hoje eu tenho braços que anseiam te abraçar e se algum dia você precisar de um ombro para chorar, eu espero que seja o meu, mas se eu posso levar um par de anos para transformar suas lágrimas em risos, eu farei aquilo que eu sinto estar correto.
Eu sei que o amor não vem em um minuto, mas quando eu te toco me sinto feliz por dentro e eu gosto de estar com você a cada hora do dia e vou guardar o meu amor só para você.
Sempre que você me quiser eu vou estar aqui, espero que você veja que eu amaria te amar pois você tem aquela coisa especial.
Lembre-se que eu sempre estarei apaixonada por você, afinal, eu disse que preciso de você todo o santo dia da minha vida? Eu preciso de alguém para amar e eu lhe disse, tudo o que eu quero é você.
Hoje, apenas ver seu sorriso, faz minha felicidade valer a pena, com isso eu descobri que o amor é mais do que só andar de mão dadas. Com o nosso amor, nós poderíamos salvar o mundo, um amor como o nosso nunca pode morrer, é um amor que dura para sempre. Afinal, o amor é tudo, o amor é você.
Eu peço que você não vá embora, estou com medo de que eu possa sentir a sua falta, quero que você volte para cá e veja exatamente o que você significa para mim.
Eu te amo, e tudo o que eu quero é que você me abrace e se isso é amor, você tem que me dar mais.

*Texto feito através de várias partes traduzidas de músicas dos Beatles.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Par quem gosta de Ozzy Osborne

Quem aqui nunca ouviu a história do homem que comeu um morcego?Pois é, li esse livro (que é da minha grande amiga Larissa L.) e confesso que não sabia muito da carreira e nem da vida de Ozzy Osborne. Comecei a ler o livro, "Eu sou o Ozzy" na época em que ele esteve em Porto Alegre para uma apresentação, que falaram que seria da sua última turnê, pois ele iria pendurar as chuteiras, ou melhor, o microfone, mas isso não é verdade, visto que no final do show ele disso, “Até a próxima.”, ou algo do gênero.. Acho que esse foi um dos shows que eu mais me arrependi de não ter ido, quando surgiu a notícia eu nem sabia direito em quero o Ozzy, eu só ouvia Paranoid, e achava que não iria me arrepender, mas assim que comecei a ler o livro, comecei a sentir um aperto no coração, “meu Deus que vou perder isso.”.O livro conta toda a sua trajetória de vida, e o contrário do que muitas pessoas pensam a respeito dos rockeiros, ele tinha uma família e que era linda por sinal e amava muitos seu pai e sua mãe. Tentou trabalhar em alguns lugares, naquela época as fábricas eram o auge, ele tentou, mas não conseguiu. Como seu sonho era ter uma banda de rock, ele foi atrás desse sonho e se tornou vocalista de uma das maiores bandas de metal, o Black Sabath, que não tem ligação alguma com o satã ou algo assim. Ozzy foi sempre tão natural e inocente que eles escolheram esse nome para dar um impacto maior no público, por que os outros nomes sugeridos não eram assim, tão impactantes.Não vou contar toda a história dele aqui, na verdade eu recomendo esse livro que traz uma auto-biografia maravilhosa, cheia de detalhes e muito encantadora, mas eu recomendo para quem realmente gosta de rock, ou do Ozzy ou de música, tanto faz, mas recomendo para alguém que vai tirar o mesmo proveito que eu tirei deste livro.Ozzy quase morreu de overdose, hoje é casado com a deslumbrante Sharon Osborne, a pessoa que colocou a sua vida nos trilhos, sofreu bons perrengues ao lado do Black Sabath e também na sua carreira solo, mas sobreviveu a todos.Existem muitos comentários maldosos sobre esse magnífico ator, óbvio que os comentários provem de pessoas mal intencionadas e sem nenhuma informação concreta sobre a vida profissional e pessoal de Ozzy, a começar pela história do morcego, ele não mordeu por que quis, foi algo sem querer, outra vez a sua inocência contra atacando. Muitos cantores e muitas bandas contribuíram para o rock mundial, Ozzy é uma dessas pessoas com certeza, ele trouxe uma música por vezes pesada, uma melodia agradável e com letras incríveis e por mais que ele não soubesse tocar instrumento algum, sua voz é uma das vozes do metal que jamais será esquecida. Áh, uma coisa que me faz gostar dele mais e mais, uma das bandas que o influenciou na carreira musical foi The Beatles, a minha banda favorita. E ainda tem gente que diz que ele não contribuiu com nada? Ó céus.

Dedico essa postagem para Larissa Luvison, quem me mostrou o que eu estava perdendo quando não conhecia o ilustre Ozzy Osborne. Obrigada!



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Voltando... com crítica.

Como sempre eu estou ausente, sei que não existem muitos leitores deste blog, mas me sinto abandonando o barco mesmo assim. Não vou dizer que agora vim para ficar por que será mentira, eu vou sumir de novo como faço sempre e depois vou reaparecer. Bom, para essa volta preparei uma crítica sobre o filme “Bruna Surfistinha”, sei que o assunto já ta manjado, mas mesmo assim preciso escrever sobre isso.

Quando surgiu a idéia do filme e foi divulgado o trailler eu fiquei com uma expectativa muito grande do que estava por vir, li várias matérias sobre o assunto e estava sempre ligada nas notícias sobre a data da estréia. No fim o filme estrelou e eu (como sempre) deixei passar e não fui olhar no cinema, com isso fui ouvindo vários comentários de amigos e colegas e também na internet sobre o filme, fui me decepcionando, mas mesmo assim queria muito ver. Pois bem, um belo dia resolvi assistir o filme, já tinha ouvindo falar que a classificação indicativa era de 14 anos, fiquei chocada, mas como eu não tinha visto, não podia comentar nada. Durante todo o enredo a atriz principal Débora Seco, que interpreta a famosa Raquel Pacheco, vulga Bruna, aparece praticamente nua nas senas de sexo, que só não são explícitas porque o filme não é pornô, pois deveria ser. Sei que o filme todo trata da vida de uma garota de programa, não achei errado as cenas de sexo, a nudez e o palavreado, achei errada a indicação do filme. Se pararmos para pensar, Bruna era uma menina de classe média alta que foi adotada, por não ter um bom relacionamento com os seus pais resolveu sair de casa e se prostituir. Esse foi o real motivo. Pois bem, ela começou por baixo e foi subindo, sendo “promovida”, no fim ficou rica, depois perdeu tudo, depois se casou com um dos seus clientes e se deu bem na vida. Ela contava tudo o que acontecia em seus programas em um blog, e assim se tornou famosa, não tanto quando viria a ser ainda. Naquele espaço ela contava tudo, das histórias mais sórdidas as mais leves e assim ela atraia mais clientes para dentro da sua casa onde trabalhava e assim ganhava mais dinheiro. É lógico que ela se drogou muito, como a maioria das profissionais do sexo, mas isso é só um detalhe. Depois que parou de ‘trabalhar’ a imprensa encontrou o blog e resolveu publicar junto com ela um livro, O Doce veneno do Escorpião, que conta todas as suas peripécias, foi um grande sucesso e com isso ela acabou ganhando muito dinheiro e se tornou uma pessoa pública. A televisão se interessou tanto pela história que resolveu fazer um filme, e com isso à menina passou a ganhar mais dinheiro. A história da garota de programa, rejeitada pelos pais adotivos, terminou muito bem. E esse é o principal problema da classificação do filme, meninas de 14 anos não tem nenhuma idéia formada do que é certo ou errado, muitas devem ter olhado o filme e pensando, “se com ela deu certo, comigo também pode dar”, é contada no filme uma história de vida fácil, onde se trabalha vendendo o corpo, não se cumpre horário, não se bate cartão e é possível ganhar muito dinheiro. Ao fim do filme todo mundo sabe como a história de Bruna termina, e é isso que muitas meninas de 14 anos podem pensar, ela ficou rica, casou e hoje é muito feliz, tem um livro com o seu nome e um filme que conta toda a sua trajetória de vida. Por que só com ela que pode dar certo? Esse é o X da questão.

Capa do filme e capa do livro.

sábado, 30 de abril de 2011

Casamento real


Qual menininha nunca sonhou em casar com o príncipe? Qual menininha nunca se imaginou uma princesa? Poucas são as meninas pé no chão que nunca imaginaram nenhuma dessas cenas na sua vida, que não leram ou viram os filmes do Diário da Princesa, não usaram coroas de plástico compradas na loja de brinquedos.

Pois bem, uma dessas meninas que certamente também sonhava com isso quando era crianças teve seu sonho realizado. Na manhã de ontem, dia 29 de abril de dois mil e onze uma plebéia se transformou em uma princesa.

O casamento real foi acompanha pelo mundo inteiro, na Inglaterra foi considerado feriado nacional, havia gente acampada em frente ao castelo dias antes, para conseguir um bom lugar ver tudo de pertinho. No Brasil muitas pessoas dão deram bola para este acontecimento, pelo fato de não estarmos acostumados com a monarquia britânica, ouvi muitos comentários do tipo, “o desemprego aumenta e as pessoas preocupadas com o casamento do príncipe”, é lógico que ver um príncipe transformando uma plebéia em princesa parece uma história de contos de fadas, impossível de acontecer, a final não estamos acostumados com tudo isso e o povo brasileiro sempre quer se fazer muito de preocupado com os problemas públicos, e sempre que acontece algo como o que aconteceu ontem, resolve que precisa recriminar.

O casamento foi lindo, digno de um contos de fadas de verdade, Catherine Elizabeth Middleton, a Kate, estava fabulosa como uma princesa. Usando um vestido desenhado por Sarah Burton, da marca Alexander McQueem, Kate esbanjava simplicidade. O vestido era simples, a maquiagem leve e as jóias pequenas.

O príncipe não podia estar mais nervoso e feliz, no momento em que viu Kate e levantou seu véu, as primeiras palavras que ele disse a ela é que ela estava muito linda. Kate ainda se transformou na Duquesa de Cambridge. O título passou a ser dela depois que o príncipe recebeu da rainha Elizabeth 2ª o título de duque de Cambridge, nesta sexta. O príncipe também se tornou conde de Strathearn e Barão Carrickfergus, transformando Kate em Condessa de Strathearn e Baronesa Carrickfergus.

Este foi um dia para esquecer dos problemas, da crise britânica e de todos os problemas de estado, as pessoas que dizem que o casamento real é uma besteira, não sabem a grandiosidade que ele tem para a Inglaterra e para seus conterrâneos.

E Kate não errou quando disse que o príncipe é que tinha sorte de estar saindo com ela

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vocês

E quando eu me senti perdida notei que não estava sozinha. Senti a presença de vocês. E em todas as noites em que ri sem parar ou precisei de um ombro para chorar todos sempre estavam ali para me ajudar. Os dias chuvosos, os sábados ensolarados, os passeios que não deram certo, as festas frustadas, e as noites intermináveis, os almoços, jantas e feriados. Os telefonemas altas horas da noite, as histórias para contar e os segredos guardados. Os abraços e beijos que jamais vão se terminar. Todas as diferenças se tornam pequenas no momento em que vocês me estendem a mão. No momento em que posso confiar meus piores momentos a vocês. No momento em que sinto que nada é mais forte do que uma amizade bem conservada. Sem críticas, sem ofensas e o mais importante de tudo sem preconceito algum. Quero que jurem que será para sempre.

Aos amigos de verdade que embora sejam poucos, são muito bons.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quanto tempo dura a vida?

Sou uma pessoa extremamente emotiva, tudo o que eu leio sobre alguma tragédia eu choro, todos os filmes de tragédia e de romance eu choro e até com propagandas na televisão e no rádio eu também choro. Sou uma chorona.

Hoje quando comecei a ler à Zero Hora me deparei com a matéria sobre o Sítio da Família Lima, uma tragédia sem tamanho e que fez literalmente muitas vidas irem por água abaixo.

Um rapaz jovem, estudante e apaixonado por música e com uma vida inteira pela frente ,cheio de sonhos e alegrias foi embora e junto com ele uma porção de outras pessoas, uma namorada que sobreviveu, uma família e inúmeros amigos. Breitner parecia levar uma vida feliz e foi pura e simplesmente passar o dia em um sítio, em uma reserva ecológica que certamente tem uma paisagem divina, ele só tinha ido até lá se divertir com os amigos.

A gente jamais pensa que alguma coisa de ruim pode acontecer e a nossa vida pode ir embora em um piscar de olhos, mas a verdade é essa mesmo, assim como a menina que estava viajando com a turma do terceiro ano do colégio e que fatalmente morreu de aneurisma cerebral, e este rapaz que também fatalmente acabou tendo a vida levada pela enxurrada que tomou conta do sítio, pode acontecer com qualquer pessoa.

Ninguém pensa que em um segundo tudo pode acabar e não acho que seja certo pensar assim, acho que tem que se pensar que em um segundo se vive muito.

Como Breitner poderia saber que ia morrer? Ele não sabia e na certa nem imaginava uma coisa dessas, por que a gente nunca imagina. Será que ele disse um “eu te amo” para a sua namorada naquele dia? É esta a questão central, não deixar de fazer as coisas hoje para fazer amanhã, deixar para declarar os sentimentos por alguém hoje por que o amanhã é logo ali, mas não passa pela cabeça de ninguém que o amanhã pode demorar ou não chegar.

Então é provado que não se sabe exatamente quanto tempo dura a vida, por isso é preciso viver todos os segundos como se eles fossem os últimos, por que de fato, podem ser.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O mar pede socorro.

Meu senso crítico sempre faz com que eu faço os momentos bons virarem um tremendo turbilhão de preocupações.

Choveu o final de semana inteiro na praia e por conta disso passei dormindo, comendo e jogando UNO, uma verdadeira beleza pra mim que não sou muito chegada em ficar suando na beira do mar embaixo de um sol escaldante, gosto, mas não morro de amores.

No domingo o sol revolveu dar as caras, meio tímido, hora se escondendo atrás das nuvens, hora dando um olá para os banhistas. Resolvi eu também dar um olá para o sol e fui tomar um lindo sorvete, na volte resolvi caminhar pela beira da praia. Para mim não tem melhor sensação do que caminhar a beira mar, sentindo aquela brisa fininha, aquele cheirinho de sal e aquele mar que vem e vai, mas mesmo por trás de toda essa beleza não tirei os olhos da areia, ou melhor, do que estava espalhado pela areia.

Em um trajeto de 3 guaritas notei sabugos de milhos, sacolas plásticas, latinhas de refrigerante e cerveja, palitos e embalagens de picolé e sorvete, copos plásticos, papeis de balas e pirulitos, isso sem contar o que o mar levou e o que já está embaixo da areia.

Isso não acontece somente em Cidreira, final de semana passado quando fui para Capão da Canoa, me arrisquei a tomar banho de sol na parte da manhã e estava acontecendo uma maratona de revezamento da beira da praia, até ai tudo tranqüilo e correto, mas os maratonistas recebiam em certos pontos da praia copinhos de água que eram largados a beira mar, como não vi ninguém recolhendo esses copos fiquei preocupada, mas pensei que deveria ter alguém especializado e já contratado para este serviço, no momento que pensei isso o mar levou consigo um dos copinhos. Eu só vi um sendo levado pela água, e os outros que hoje podem estar no meio do oceano mudando toda a composição da água e matando peixes e animais marinhos?

O que muitas pessoas não sabem é que em questão de problemas ambientais o mar é o que mais sofre, pois na época de veraneio as pessoas “esquecem” seus lixos na beira da praia e de uma forma ou outra o mar acaba levando para dentro do oceano, sem contar nos produtos químicos que existem nos protetores e bronzeadores e nos produtos que são usados nos cabelos, certas coisas não é possível reparar como os cuidado coma pele, mas custa muito levar um sacola plástica, recolher os lixos e levar para casa?

O futuro é agora, é hoje e amanhã será dos nossos filhos e netos, será que essas pessoas que maltratam assim a natureza sabem que os seus futuros herdeiros é que vão sofrer as conseqüências? Creio que não.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Profissão: Pobre, porém feliz.

Se você tem entre 17 e 18 anos e está na frente do computador se inscrevendo para o vestibular, ou se está pensando no que vai ser quando crescer, a escolha certa (para seus pais) é direito, engenharia ou medicina, mas se você quer dar muita risada nas suas aulas de graduação, quer ver filmes, documentários, se viciar em café preto e ser um possível alcoólatra, façam comunicação social.

Os pais sempre querem o melhor para seus filhos e o melhor para os seus filhos é ter um carrão, uma mansão, um bando de filhos, ir a festas chiques, beber champagne e comer caviar. Ok, não é tanto assim, mas o melhor que os seus pais querem para você é uma vida boa, uma vida em que não seja preciso esmolar na esquina para sustentar seus 10 filhos, mas se seus pais forem legais, legais mesmo eles nunca vão lhe pedir para cursas nenhum desses três cursos e vão aceitar quando você, uma pessoa que nasceu em uma boa família, que não passa fome e que é feliz queira fazer um curso em que poderá passar fome, mas que irá continuar muito feliz.

Qualquer pessoa hoje que faça jornalismo sabe que a vida não vai ser nada fácil, sabe o fardo que terá que carregar para levar o leite e o pão para casa, sabe muito bem que não irá dar “Boa noite!” no Jornal Nacional, sabe que não irá dar “Boa taaaaaaaaarde.” No RBS Esportes, sabe que não ocupará a penúltima página da ZH no lugar do centenário Santana e sabe que não terá os cabelos, a postura e a beleza da Patrícia Poeta, sabe de tudo isso e muito mais, sabe que terá que morrer trabalhando para conseguir comprar aquela máquina fotográfica linda e depois morrer mais um pouco trabalhando para fazer aquele curso de fotografia para depois tentar arrumar um emprego de fre lancer batendo fotos de alguém cantando em um bar para meia dúzia de pessoas. Vai trabalhar em uma redação de um jornal semanal, onde pagam uma miséria e as pautas são sobre os bueiros abertos da vila da Dona Mariquinha, e pode apostar você vai ter que ir até a vila sozinho e se der sorte não será assaltado. Não esquecendo de que você um dia será estagiário, que além de ganhar pouco vai ser escravizado pelos seus colegas jornalistas recém formados.

Para se dar bem nessa área é necessário ser influente, ou seja, um arroz de festa conhecedor de pessoas com dinheiro ou que conhece outras pessoas com dinheiro, do contrário será sempre assim, a vida toda.

Não quero desestimular quem está pensando em ir para esta área, quero que se inscrevam nas exatas para não ter mais uma pessoa concorrendo comigo neste campo do mercado que é do tamanho de uma quitinete (brincadeira), na verdade esse curso, não só esse mais os três cursos da comunicação social são para pessoas apaixonadas, pessoas que não tem medo de serem felizes mesmo sabendo que no final do mês a conta bancária vai estar quase zerada, e que você terá uma pauta às 3h da manhã que será uma verdadeira porcaria, se você quer ser feliz faça jornalismo.

Ninguém vive de amor, e não é tão complicado assim quando eu delatei, é apenas difícil, mas como dizem: “Tudo que se consegue com esforço a recompensa é muito maior.” Então caros jovens de primeira viagem, sejam jornalistas e contem para o mundo o que somente os seus olhos conseguem ver.