segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O mar pede socorro.

Meu senso crítico sempre faz com que eu faço os momentos bons virarem um tremendo turbilhão de preocupações.

Choveu o final de semana inteiro na praia e por conta disso passei dormindo, comendo e jogando UNO, uma verdadeira beleza pra mim que não sou muito chegada em ficar suando na beira do mar embaixo de um sol escaldante, gosto, mas não morro de amores.

No domingo o sol revolveu dar as caras, meio tímido, hora se escondendo atrás das nuvens, hora dando um olá para os banhistas. Resolvi eu também dar um olá para o sol e fui tomar um lindo sorvete, na volte resolvi caminhar pela beira da praia. Para mim não tem melhor sensação do que caminhar a beira mar, sentindo aquela brisa fininha, aquele cheirinho de sal e aquele mar que vem e vai, mas mesmo por trás de toda essa beleza não tirei os olhos da areia, ou melhor, do que estava espalhado pela areia.

Em um trajeto de 3 guaritas notei sabugos de milhos, sacolas plásticas, latinhas de refrigerante e cerveja, palitos e embalagens de picolé e sorvete, copos plásticos, papeis de balas e pirulitos, isso sem contar o que o mar levou e o que já está embaixo da areia.

Isso não acontece somente em Cidreira, final de semana passado quando fui para Capão da Canoa, me arrisquei a tomar banho de sol na parte da manhã e estava acontecendo uma maratona de revezamento da beira da praia, até ai tudo tranqüilo e correto, mas os maratonistas recebiam em certos pontos da praia copinhos de água que eram largados a beira mar, como não vi ninguém recolhendo esses copos fiquei preocupada, mas pensei que deveria ter alguém especializado e já contratado para este serviço, no momento que pensei isso o mar levou consigo um dos copinhos. Eu só vi um sendo levado pela água, e os outros que hoje podem estar no meio do oceano mudando toda a composição da água e matando peixes e animais marinhos?

O que muitas pessoas não sabem é que em questão de problemas ambientais o mar é o que mais sofre, pois na época de veraneio as pessoas “esquecem” seus lixos na beira da praia e de uma forma ou outra o mar acaba levando para dentro do oceano, sem contar nos produtos químicos que existem nos protetores e bronzeadores e nos produtos que são usados nos cabelos, certas coisas não é possível reparar como os cuidado coma pele, mas custa muito levar um sacola plástica, recolher os lixos e levar para casa?

O futuro é agora, é hoje e amanhã será dos nossos filhos e netos, será que essas pessoas que maltratam assim a natureza sabem que os seus futuros herdeiros é que vão sofrer as conseqüências? Creio que não.

Um comentário:

  1. Oi Bibi

    Creio que o melhor momento de ir pra praia é fora do fervo (janeiro e fevereiro). Quem fica na cidade nestes meses, enfrenta o trânsito com muita tranquilidade e calma. Parece que o stress se muda pro litoral. E com certeza, pra lá se mudam os danos ambientais.

    Fora o sistema de esgoto destas cidades-praias, que deveria ser todo tratado antes de ser jogado no mar (e sabe-se que não é).

    Mas, sabes que a educação ambiental começa em casa, segue na escola e continua na vida. E muitas destas pessoas que jogam lixo na areia não reciclam o lixo em casa, jogam o mesmo em terrenos baldios e não tem consciência ecológica.

    Bjs Filha. Te amo. Abraços. Pai

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