terça-feira, 23 de novembro de 2010

O que é o Amor?

Muitas vezes, durante meus longos vinte anos de idade me perguntei o que era o amor de verdade, nunca encontrei uma resposta concreta, afinal o amor consegue estar em todos os lugares, consegue estar aqui e ao mesmo tempo estar do outro lado do mundo e em algum momento da vida todo mundo encontra o seu. Nunca encontrei uma resposta, mas me lembro muito bem da primeira vez que o encontrei. Foi em uma noite fria de agosto que encontrei o Amor, ele era alto e bem vestido, calmo e gentil, conversou comigo nada mais nada menos do que cinco palavras e me beijou nos lábios e depois me abraçou, depois daquela noite passei a conhecer melhor o Amor, passei a trocar com ele mais do que cinco palavras, passei a vê-lo durante as manhãs e depois durante as tardes e noites, passei a achar o Amor cada dia mais bonito, passei a pensar no Amor com mais frequência e passei a sentir saudades do Amor. O Amor é legal, sempre me ajuda em muitas coisas, me escuta, me abraça me fala coisas engraçadas e eu jamais imaginava na minha vida que o Amor era do jeito que é um metro e noventa centímetros, magricelo, olhos levemente claros e cabelos castanhos, mãos macias e pés feios, um excelente jogador de futebol e um ótimo piadista, sempre imaginei o Amor com formato de coração. Engraçado como a gente fantasia as coisas antes de conhecer.
Não sou Paul McCartney mas encontrei a minha Linda, não sou John Lennon mas encontrei a minha Yoko, mas a sou Esperança e encontrei o meu Amor.
Mesmo assim ainda não defini de fato o que significa essa palavra, mas consegui colocar ela em uma pessoa e isso para mim explica tudo.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Obrigada Sir.


Acho que a única banda que eu me recordo da primeira música que ouvi é Beatles, por que somente eles conseguem fazer esse tipo de coisa contigo. Foi Hey Jude e em uma tarde de inverno, eu tinha meus 14 anos e ouvia falar muito neles e então decidi ouvir. Chorei, fiquei emocionada ouvindo aquela vóz cantando o 'nanana hey jude', naquele momento eu pensei: "acabei de descobrir a banda da minha vida".
É estranhho pois não comecei a ouvir muito cedo, sou da década de 90 e não vivi a época da Beatlemania mas as vezes sinto como se estivesse lá, gritando com eles o Submarino Amarelo, incrível isso.
Domingo, dia 07 de novembro de 2010 eu me sintia na década de 60, mesmo que eu não tenha vivido essa época, Porto Alegre respirava Beatles, respirava Paul McCartney, e eu nem imaginava o que estava por vir, nem passava pela minha cabeça o que eu viveria naquele dia.
A compra do meu ingresso foi uma maratona, cheia de promessas e muito choro, mas em fim com o ingresso na mão fui para o Beira Rio as 6 horas da manhã do dia do show. O sol era horrível de quente e fazia muito calor, fiquei 15 horas esperando embaixo de um edredon que estava escorado entre os bretes para fazer um pouco de sombra.
Quando os portões em fim se abriram, eu não contive a emoção, todo o meu corpo tremia e as minhas mãos suavam demais, quando entregeui meu ingresso sai em disparada, corri tanto, mais do que as minhas pernas conseguiam e quando avistei a grade vazia me abracei nela, me virei e abracei minha amiga com os olhos marejados e disse: "Nós conseguimos!".
Mais de 3 horas esperando de pé, no sol e com muita sede e fome, mas era lindo ver todo mundo conectado, todo mundo emocionado, era algo de outro mundo literalmente.
Exatamente as 21:09 foi o horário do extase, as luzes se apagaram e ele nem tinha pisado no palco e eu já chorava, só agradecia por ele estar vivo e eu também, agradecia por ter saúde e poder estar alí naquele lugar com a pessoa mais gentil e querida do mundo cantando no palco a minha música, aquela que eu ouvi quando tinha 14 anos, era um ex-Beatles e isso não é pouco.
Não encontro palavras concretas para descrever o que aconteceu naquele dia e naquelas 3 horas de pura emoção, eu acabava de realizar meu sonho, o sonho da minha vida. Eu olhava para o palco e via alguém que eu jamais pensava que eu dia eu teria a honra de ver, eu chorava com as músicas de amor e paz, eu ria com as dancinhas cômicas e com as piadas de um verdadeiro lorde, eu chorava mais ainda quando ele mostrava todo o seu esforço falando em português e agradecendo, o que é estranho pois quem agradecia era eu.
Eu vivi todos estes momentos em puro extase, cada música era uma emoção maior do que a outra, como a música para seu amigo John e para seu amigo George, ídolos que apareceram no telão e são como mestres para mim, a música para Linda que ele cantou com tanta paixão na vóz e muito amor, tudo foi perfeito.
No final com The End, uma chuva de papeis picados verde e amarelo, e ele saindo do palco, já deixando saudades.
Quando terminou, eu demorei para entender a imensidão que foi tudo aquilo para a minha vida e para toda a história brasileira e gaúcha e denovo pensei "Eu consegui e fiz parte da história". Não perdi nenhum detalhe, olhei fixa para o palco e para os telões o tempo inteiro, tinha horas que eu me negava a cantar só pelo simples prazer de ouvi-lo, nunca vou perder da memória as cenas daquela noite, sempre vou me lembrar do momento em que as luzes do palco se apagaram e um mestre pisou nele para fazer todos os seus súditos chorarem feito crianças. Agradeço por ter vivido o melhor dia da minha vida e hoje, o que esperar? Mais nada. Obrigada Sir Macca!

Boas vindas.

O antigo Ponto e Vírgula esta de volta, de cara nova e de nome substituído, mas com a mesma escrita ruim e pensamentos mirabolantes. Tentarei trazer coisas e histórias mais emocionantes, e tentarei não sumir.
Espero encontrá-los em breve, espero tomar muito chá com vocês.
Puxem uma cadeira e se sirvam.